A imagem que passamos na web

Ontem, em conversa com uma colega de trabalho, soube que o namorado dela tinha sido contatado pelo Google para ir trabalhar para eles num novo projeto fora do país. Até aqui nada de novo.
O que achei surpreendente foi o fato das conversas terem sido apenas através de telefone ultrapassando assim algum teste ou conversa mais técnica sobre a experiência dele.

E porquê?

Porque o Google tem acesso ao histórico de utilização do motor de busca e outras ferramentas Google de qualquer pessoa. Sabiam assim os interesses dele, através do que ele pesquisava, e definiram assim o perfil do candidato. Um bom teste para verificarem até que ponto o nosso perfil de utilizador é usado é fazerem uma pesquisa no vosso computador de uso habitual e a mesma pesquisa num computador de um colega/amigo. Os resultados podem não só não serem os mesmos, como podem mudar de posição de computador para computador. A web está a moldar-se ao perfil do utilizador, isso já é uma realidade e é o futuro.

No entanto isto pode ser controverso: afinal até que ponto é que o que pesquisamos num motor de busca pode definir o nosso perfil como profissional?
Como é evidente, todos temos uma vida pessoal com interesses variados que por vezes nem sequer se cruzam com os interesses profissionais. Mas será que isso pode prejudicar a imagem que passamos na web?

É claro que esta foi uma situação muito específica, o empregador neste caso era “só” a empresa que detém a maior pertentagem de utilização de motores de busca o que facilitou o acesso a dados tao específicos como históricos de pesquisas.

Mas numa situação normal, já começa a ser comum um empregador verificar a nossa página de facebook, linkedin, twitter e até mesmo a presença que temos em blogs e forúns para tirarem algumas conclusões em relação ao nosso perfil como candidato. E isso pode ser diferenciador. Para bom ou para mau.

Não acho que a solução para isto seja fingirmos ser aquilo que não somos, mas sem dúvida que há que ser inteligente e moderar alguns conteúdos que pensamos em colocar na web.

É que a web é um pouco como Las Vegas: what happens in web, stays in web. Eu acrescentaria mesmo: “forever”! 😉

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